O Camboja e a Tailândia passaram recentemente por um conflito que gerou significativa preocupação. As tensões, que vinham se intensificando desde maio, culminaram em julho com a explosão de minas terrestres.
A fronteira entre os dois países foi originalmente demarcada pela França durante o período colonial, quando o Camboja estava sob seu controle. Essa divisão histórica resultou em uma disputa prolongada pela posse de locais históricos e templos, reivindicados por ambas as nações.
No final de julho, um cessar-fogo foi anunciado, mas os cinco dias de violência deixaram um saldo de mais de 30 mortos, incluindo 20 civis. Aproximadamente 200 mil pessoas foram evacuadas das áreas de fronteira. Muitas famílias tiveram que abandonar suas casas em busca de segurança, acampando com o pouco que puderam carregar, algumas apenas com as roupas do corpo.
E a missão no Camboja?
Nesse contexto desafiador, os missionários do Programa Meninas dos Olhos de Deus atuaram para prestar assistência social aos desabrigados. Foram distribuídos 15 barracas, 15 esteiras (tapetes locais usados para alimentação e descanso), 80 pacotes de sabão em pó e 144 barras de sabonete.
Movidos pela solidariedade, obreiros e crianças do Programa doaram roupas de seus próprios guarda-roupas para ajudar as famílias afetadas. A equipe de assistência social organizou cestas com roupas, calçados e cobertores, totalizando 78 pacotes de donativos entregues à comunidade. Essas ações foram possíveis graças ao apoio de colaboradores e parceiros.
Por que existimos?
De acordo com relatos do missionário nativo que trabalha em outra localidade do país, apenas metade dos estudantes conseguiu retornar às aulas durante o período de conflito, a outra metade permanece em abrigos por questões de segurança. Apesar disso, a escola segue aberta, oferecendo não apenas educação, mas também alimentação aos alunos.
Além do trabalho educacional, a igreja nos lares continua a expandir-se, com um movimento constante de plantação de novas comunidades. Como afirmou um missionário: “Existimos para ver a transformação de vidas e a multiplicação de igrejas em lares no Camboja”.